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Alimentação Natural x Ração: uma longa conversa sobre o assunto.

Assim como para os humanos, uma boa alimentação também é essencial para a saúde dos pets.






Atualmente temos uma grande variedade de tipos de dietas que podemos fornecer aos nossos cães, desde comida caseira a rações industrializadas com qualidades e pontos a serem observados. Dividiremos com vocês tudo que sabemos sobre o assunto:) O conteúdo é extenso, mas vale a pena!!


Vamos começar trazendo a seguinte opinião: a ração não é obrigatória, mas com ela é mais fácil e seguro que os cães recebam todos os nutrientes que precisam e tenham uma alimentação balanceada. Não é só uma questão de facilidade, existe o fator "equilíbrio". Os principais nutrientes são as proteínas, os carboidratos, as gorduras, as vitaminas e os minerais.


Uma comida caseira pode ser uma tentação, muito deliciosa ao paladar do seu pet, mas pode ser carente de alguns desses itens. E, também é comum haver casos de intoxicação alimentar por conta de sobras de comida que os animais comem. Faça a seguinte avaliação: se para nós já é difícil manter uma alimentação saudável, pela liberdade de escolha e por tantas opções disponíveis, imagine balancear a alimentação de uma cãozinho ou mais. É possível, mas exige atenção e tempo.


Agora, outra opinião importante: você pode optar por uma alimentação natural, montada por um nutricionista especialista. A conversa, neste caso é bem diferente. Seu pet terá um cardápio especial, feito exclusivamente para ele. Com opções variadas de alimentos, sabores, texturas. O zelo e atenção despendidos valem a pena. Eles terão uma dieta só deles.


São escolhas!

Vamos apresentar diversos pontos para ajudar na decisão de como será a alimentação do seu pet.



1° Alimentação de preparação caseira - NATURAL.

Os tempos estão mudando e os hábitos em relação a alimentação pet acompanham essas mudanças. Está cada vez mais popular a alimentação caseira. Antigamente era comum fazer a comida do cachorro, era outro clima, diferente da pegada natural e saudável de hoje, mas existia o costume de fazer a comida dos cães. Hoje é possível fazer o alimento do seu cão em casa com qualidade, inclusive seguindo uma dieta prescrita por nutricionistas. Com o avanço das pesquisas em nutrição, entendemos cada vez melhor as necessidades dos nossos pets e com base nisso escolhemos os ingredientes adequados. Esse tipo de alimentação oferece o inconveniente do tempo de preparo, dificuldade para dosar a quantidade de calorias por refeição, a variedade dos ingredientes e quantidade de vitaminas e nutrientes incluídos além da escolha dos produtos. Para quem opta por esse tipo de alimentação, deve ter em mente que é prejudicial oferecer uma mesma receita durante toda a vida do cão, é importante ter acompanhamento de um profissional e ficar atendo se não está faltando nada nutritivo na alimentação dele.


2° Alimentação caseira crua.

Aqui as opiniões se dividem, inclusive entre especialistas. Ainda com déficit de pesquisas e informações confiáveis. Se baseia em fornecer alimentos como seriam encontrados pelos cães na natureza incluindo carnes, vegetais, frutas e ossos em estado natural, sem cozimento ou processos industriais. Uma das vantagens é a gama de nutrientes que não se decompõem durante o cozimento (principalmente vitaminas) e a possibilidade de excluir os grãos transgênicos da dieta do animal (como a soja, o milho e o arroz, se o dono desejar dessa forma), outros elementos podem ser aumentados ou diminuídos conforme necessidade. Como desvantagens citamos a dificuldade de fornecer uma dieta balanceada em todas as refeições, o custo alto, tempo para a compra de ingredientes/preparo e a sazonalidade de alguns deles, a alta velocidade de decomposição da refeição (já que envolve carnes cruas), não possibilitando o reaproveitamento de sobras para a refeição seguinte.

3° Alimentação caseira vegetariana.

Frutas, legumes, verduras são os principais ingredientes. Geralmente é uma dieta escolhida mais por questão de ideológica do que com a necessidade nutricional do cão. Alguns alegam que as proteínas animais podem ser substituídas pelas vegetais, já que todos os aminoácidos que compõem as proteínas podem ser encontrados em fontes não animais…Temos que lembrar sempre o cão, surgiu como um animal carnívoro (alguns defendem a tese de serem onívoros) e a partir do momento que se tornou doméstico passou a aceitar parcialmente a ingestão de carboidratos e tem enorme dificuldade de digerir grãos e quebrar algumas proteínas vegetais para ter os aminoácidos disponíveis (inclusive com intestino mais curto, característico de carnívoros, nos animais herbívoros e onívoros, este tende a ser bem mais longo para ser capaz de absorver todos os nutrientes). Uma das desvantagens é que a longo prazo não sabemos os riscos de uma dieta tão restritiva. Todas as informações científicas da área são de curto e médio prazo e uma suplementação de vitaminas e minerais deve ser feita para suprir a sua deficiência na dieta. De cara, o custo de uma dieta desse tipo parece mais baixo do que de rações industrializadas de boa qualidade, já que verduras, legumes e frutas podem ser comprados com um bom preço se soubermos aproveitar as sazonalidades e promoções. Mas a dieta pode encarecer bastante com a adição de queijo branco, leite e ovos, complexos vitamínicos e minerais.


4° Ração industrializada.

Muito se investiu em pesquisa para a elaboração de rações nos últimos anos. Elas se dividem em 3 grupos que são as molhadas (geralmente vendidas enlatadas ou em sachês, pouco populares e consumidas no Brasil, a não ser como “agrados” eventuais), úmidas (também são pouco aceitas por aqui, têm a aparência da ração seca, mas com uma textura mais “macia”) e as rações secas.



E a carne? Pode? E pode ser Crua? Ou seria melhor cozida?


Esse tópico não é fácil, gera questionamentos e posicionamentos fortes entre os tutores e especialistas. É sabido por todos, que toda carne, independente da espécie, tem características típicas que fazem dela apta para o consumo ou inapta, quando corre o risco de haver algum prejuízo à saúde do animal. As carnes são o principal componente da dieta dos cães. Elas fornecem proteínas, gordura, vitaminas, minerais e água.

Especialmente nas vísceras musculares e secretoras, há uma quantidade grande de nutrientes como as vitaminas A, D, C, E, K e do complexo B, ácido fólico, cobre, zinco, magnésio, manganês, sódio, fósforo, ferro, selênio e potássio. É importante variar os tipos de carne oferecidos para garantir uma boa quantidade de cada um dos micronutrientes essenciais.


Carne crua para cão é boa?

Embora o cachorro não deva se alimentar unicamente de carne, o ideal é que a carne seja o alimento de maior presença em sua dieta. O cachorro tem um estômago pequeno e por isso as refeições não devem ser grandes.

Na dieta canina, a proporção de carne deve ser de cerca de 75% do total da porção, e, ao contrário do senso comum, as vísceras não são boas pois geralmente estão muito intoxicadas.

Por exemplo, todas as medicações que se dão a uma vaca são metabolizadas em seu fígado, o que leva a que este órgão acumule resíduos que não são benéficos para o cachorro.

Alguns são contrários à alimentação crua pela possível presença de parasitas e patógenos, enquanto outros rechaçam que se cozinhe por provocar a perda de enzimas, probióticos naturais e vitaminas.


O que está certo disso tudo? Qual a melhor opção?

O processo de domesticação que o cão sofreu mudou alguns aspectos de sua fisiologia digestiva, assim como outras estruturas, por isso que, neste ponta da história, as diferenças entre cães e lobos, parentes próximos, sejam tão óbvias.

Embora o cachorro se tenha tornado num animal onívoro e capaz de digerir alimentos que o seu ancestral lobo não é capaz, a carne crua não faz mal para o cachorro porque se adapta perfeitamente a seu organismo:

Os dentes têm força suficiente para rascar a carne.

O estômago, pequeno e musculoso, é preparado para a digestão da carne.

O intestino é curto, o que evita a putrefação da carne durante a digestão.

Os sucos digestivos do cão, assim como sua saliva são capazes de assimilar a proteína da carne.


O sistema digestivo do cachorro está preparado para digerir sem problemas a carne, de preferência crua, que é como consumia no meio natural. No entanto, como comentamos no princípio, existem possíveis parasitas e patógenos que podem ser encontrados na carne crua, o que torna imperativo buscar alimentos que tenha sua qualidade certificada. De qualquer forma, para assegurar totalmente que nosso cachorro não contraia infecções por salmonela, E.coli o triquinoses, por exemplo, podemos congelar a carne ou passá-la levemente na chapa antes de servir. O tutor tem a opção de escolher servir totalmente crua, para um melhor aporte nutricional, ou ligeiramente cozida, para evitar problemas de saúde.


Sempre é preferível que a carne esteja fresca, mas não é imprescindível, podemos apostar na carne congelada, uma opção mais econômica. No entanto, caso optemos por esse produto, devemos ser prevenidos e deixar que a carne se descongele completamente e à temperatura ambiente. de forma que suas propriedades não sejam afetadas.

Não é necessário moer a carne, apenas cortá-la em pedaços, lembre que seu cachorro está preparado para comê-la assim. Se quiser melhorar a saúde de seu cão, não hesite em experimentar uma alimentação baseada principalmente em carne crua.

Lembre-se também que os cachorros digerem sem problemas a carne e os ossos crus, no entanto, não são capazes de assimilar os nutrientes dos vegetais que não tenham passado por um processo de cocção o pré-digestão.



Tipos de carne que são seguros para alimentar cães:


Frango: O frango é uma das carnes mais comuns que os cães comem e há boas razões para isso. O frango é uma carne magra que contém muita proteína, o que é ótimo para a energia e massa muscular do seu cão. O frango também é cheio de nutrientes que sustentam a pele saudável, pelagens brilhantes e a saúde dos ossos.


Carne vermelha: A carne vermelha é outra carne nutritiva para o seu cão. Contendo ácidos graxos que podem ajudar a manter o tônus ​​muscular e o apoio articular. Assim como o frango, a carne vermelha contém Omega-6.


Cordeiro: O cordeiro é uma carne saborosa para cães com qualquer sensibilidade alimentar. Ela também contém gorduras alimentares que ajudam a dar energia, mantendo a pele, pelos e músculos.

As carnes comuns a serem evitadas são as carnes processadas, como linguiça, mortadela, salsicha, etc. Evite também dar ossos ao seu cão, pois eles são extremamente quebradiços e podem danificar o estômago e a garganta do seu cão.




O que é permitido na alimentação natural para cães?


Os cães devem receber, na alimentação natural, os mesmos tipos de alimentos que consomem na natureza:

proteína de origem animal;

gordura de boa qualidade;

pequena quantidade de frutas e vegetais ricos em antioxidantes e fibras;

fontes naturais de minerais, vitaminas e ácidos graxos.

Além disso, os alimentos devem ser frescos, úmidos e não processados. As carnes são a base da dieta dos cães e devem, preferencialmente, ser oferecidas cruas.


Os cães NÃO PRECISAM de grãos, tubérculos, corantes, preservativos artificiais, aditivos, produtos químicos ou comidas processadas.


Proporção entre os alimentos na dieta

A dieta ideal do cão é rica em proteínas de origem animal, moderada em gorduras e pobre em carboidratos, o que corresponde à composição de uma presa na natureza.

Geralmente, a proporção indicada entre os alimentos é:

40% de carnes desossadas;

20% de ossos carnudos;

20% de vísceras musculares;

10% de vísceras secretoras;

5% de frutas e vegetais;

5% de outros alimentos.


Fonte:

https://www.petz.com.br/blog/cachorros/alimentacao/


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