Vamos entender um pouco mais sobre o incomodo dos pets em relação aos fogos de artifícios.
Você se incomoda com o barulho dos fogos de artifício em dias de jogos de futebol, final de ano, festas ou em outros tipos de comemorações?
Quem também pode não gostar são os pets, que possuem uma audição bem mais sensível do a nossa.
Os cães possuem uma capacidade auditiva diferente, para efeitos de comparação, o ouvido canino é capaz de perceber sons com frequência entre 10 Hz e 40.000 Hz; já o homem percebe sons na faixa de 10 Hz a 20.000 Hz. Aliás, engana-se quem pensa que a questão não deve ser levada a sério. Além do desconforto emocional, o medo dos rojões pode resultar em fugas e outros acidentes com o animal.
Além disso, os cães conseguem detectar sons quatro vezes mais distantes que o ser humano. Isto acontece por razões de evolução e adaptação: o ser humano, com seus olhos posicionados bem à frente (ao contrário dos cães, que são mais laterais), consegue focar um objeto com maior precisão, além de ter um campo visual maior. Com esse aprimoramento da visão, a audição ficou em segundo plano.
Nos cães, há maior dependência do sentido auditivo que nos homens; assim, sua audição deve "compensar" a sua visão. Por fim, o ser humano se tornou tão especializado em suas faculdades mentais (cognição e raciocínio) que a audição é apenas mais um suporte ao processo (junto com todos os outros sentidos).
Em relação ao desconforto canino, o deslocamento de ar provocado por estas explosões é que causa o estrondo que ouvimos. Aparentemente, se um artefato deste explodir muito próximo ao cão, pode ocorrer dano físico ao tímpano (ruptura ou laceração), comprometendo a audição. Para sons não tão próximos, o que conta é o efeito psicológico, pois o cão associa aquele barulho intenso e pouco comum com a movimentação e a desordem que normalmente ocorrem nestes períodos (jogos, festas, etc.).
Desta forma instala-se um quadro de fobia que pode, inclusive, resultar em um quadro sintomático de ansiedade, tremores, taquicardia (aumento da frequência cardíaca), vocalização excessiva (chorar, ladrar, latir) e até mesmo óbito em casos extremos. Além disso, engana-se quem pensa que a questão não deve ser levada a sério. Além do desconforto emocional, o medo dos rojões pode resultar em fugas e outros acidentes com o animal.
Como acalmar cachorro com medo de fogos
A primeira dica para acalmar o cachorro com medo de fogos é ficar calmo e encarar a situação numa boa. Lembre-se que eles são capazes de te sentir. Ou seja, nada de pânico ou estresse para não aumentar o temor dele.
Certifique-se de que portas e portões estão fechados a fim de evitar fugas;
Garanta que o pet tenha um abrigo, como casinha, caminha ou caixa de transporte, onde possa ir para se sentir mais seguro quando estiver com medo;
Outra dica: as suas ações devem ser somente positivas. Diante de um cachorro com medo de fogos, qualquer ato negativo só irá piorar a situação. Por isso, não o obrigue a fazer nada que não queira e não o reprima. Permita que ele faça o que o deixa mais confortável, como se esconder, por exemplo. Só tome cuidado no lugar que ele irá se esconder.
O que o proprietário também pode fazer é prever eventos que tenham mais utilização de fogos de artifício e colocar em prática uma série de medidas que podem mascarar o acontecimento ou desviar o foco de atenção do animal, contornando a situação desagradável. Faça carinho, use brinquedos e petiscos durante a ocasião. Nessas horas, vale apelar para aquelas comidinhas especiais ou que requerem mais tempo para mastigar. Ou então, coloque o cachorro com medo de fogos em uma área segura, como um quarto ou uma sala com portas e janelas fechadas, inclusive cortinas. Isso ajudará a diminuir o barulho e o brilho da luz.
Alguns procedimentos devem ser evitados, como ficar com o cão no colo, como se quisesse consolá-lo (ele vai entender que o comportamento emitido naquele momento está correto e sendo recompensado) ou alimentá-lo no momento dos fogos (forneça a comida pelo menos uma hora antes ou dê pequenas porções escondidas em brinquedos).
Outras opções de ações:
- colocar algum som mais alto e suportável ao cão no ambiente (como música ou televisão);
- enriquecer o ambiente do animal com brinquedos ou desafios para que este possa ter sua atenção desviada (bolinhas, túneis, caixas de papelão entreabertas);
- se ele insistir em se esconder, permitir que sua cama ou casa fique em local resguardado e abrigado (como no canto de um sofá ou debaixo de uma mesa); evitar o acesso a locais potencialmente perigosos (varandas, janelas e piscinas);
- colocá-lo em contato com outros cães, preferencialmente que não se assustem com barulhos; e fechar cortinas, portas e janelas (buscando minimizar o som).
Um passo a frente!
Acostumar o cachorro com o barulho dos fogos de maneira controlada é a melhor maneira de evitar o desconforto emocional e acidentes gerados pelos fogos.
Uma dica extra: Com a ajuda de uma fonte de ruído controlada, como vídeos ou áudios de fogos e rojões, comece colocando o som bem baixinho no ambiente em que o pet está;
Ao mesmo tempo, distraia o pet com mordedores e brinquedos recheáveis;
Percebeu que o pet não ficou abalado com os ruídos?
Aumente o som gradualmente, distraindo-o com petiscos e brinquedos para que ele associe o barulho a coisas boas, faça isso até perceber que o cão continua sentindo seguro diante do ruído.
Fonte:
https://www.petz.com.br/
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